Líderes mundiais apelam a cessar-fogo imediato em Gaza
Líderes mundiais apelaram hoje ao cessar-fogo imediato em Gaza após os ataques da aviação israelita no território, que causaram mais de 150 mortos e cerca de duas centenas de feridos.
Os Estados Unidos apelaram a Israel para que evite que os "raids" dirigidos contra o Hamas na Faiza de Gaza atinjam vítimas civis, e advertiram o movimento islamita para que cesse os ataques de foguete "se pretende que a violência pare". Também o Reino Unido se afirmou "profundamente inquieto", exigindo um "máximo de retenção" ao governo israelita e uma cessação "imediata" dos tiros de "rocket" sobre Israel a partir de Gaza. O alto representante para a política externa e segurança da União Europeia (UE), Javier Solana, apelou a um cessar-fogo "imediato", indicou em Bruxelas um seu porta-voz. "Estamos preocupados com os acontecimentos em Gaza. Apelamos ao cessar-fogo imediato e pedimos a todos a maior contenção. Tudo deve ser feito para renovar a trégua", disse o porta-voz. Por seu lado, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, país que detém até final de Dezembro a presidência rotativa da União Europeia pediu, em comunicado, "o fim imediato do lançamento de foguetes sobre Israel bem como dos bombardeamentos israelitas em Gaza". "O Presidente da República exprime a sua viva preocupação perante a escalada de violência no sul de Israel e na Faixa de Gaza. Condena firmemente as provocações irresponsáveis que conduziram a esta situação bem como o uso desproporcionado da força", afirma no texto. Acrescenta ainda que Nicolas Sarkozy "deplora as importantes perdas civis e exprime as suas condolências às vítimas inocentes e as suas famílias". O presidente francês lembra que não há solução militar para Gaza e defende a instauração de uma "trégua duradoura". A Rússia apelou a Israel para pôr fim à "operação de envergadura" contra Gaza e ao Hamas para que acabe com o lançamento de foguetes contra território israelita. "Moscovo considera necessário parar imediatamente as operações de envergadura contra Gaza que provocaram numerosas vítimas e sofrimento ao povo palestiniano", refere o ministro dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado, apelando também ao Hamas para que cesse o lançamento de foguetes. O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu a marcação para domingo de uma reunião urgente dos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes "para analisar as agressões israelitas contra a Faixa de Gaza". O chefe da organização baseada no Cairo pediu, por outro lado à Líbia, que como membro do Conselho de Segurança da ONU, solicite uma reunião de urgência do Conselho de Segurança sobre os ataques de Israel. O Irão, que apoia o movimento islamita Hamas, apelou à "acção urgente" do Conselho de Segurança, da Organização da Conferência Islâmica e de todos os países para "impedir o regime sionista de prosseguir os seus crimes". Israel lançou hoje uma intensa ofensiva aérea contra cerca de 30 posições do Hamas na Faixa de Gaza, que provocou pelo menos 120 mortos, segundo dados das autoridades de saúde, e mais de 150 segundo o Hamas. Em retaliação, o Hamas lançou dezenas de foguetes sobre Israel, matando pelo menos dois civis israelitas.
Lusa
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