domingo, 26 de setembro de 2010

Aos domingos.






Aos domingos as ruas estão desertas
e parecem mais largas.
Ausentaram-se os homens à procura
de outros novos cansaços que os descansem.
Seu livre arbítrio algremente os força
a fazerem o mesmo que fizeram
os outros que foram fazer o que eles fazem.
E assim as ruas ficaram mais largas,
o ar mais limpo, o sol mais descoberto.
Ficaram os bêbados com mais espaço para trocarem as pernas
e espetarem o ventre e alargarem os braços
no amplexo de amor que só eles conhecem.
O olhar aberto às largas perspectivas
difunde-se e trespassa
os sucessivos, transparentes planos.

Um cão vadio sem pressas e sem medos
fareja o contentor tombado no passeio.

É domingo.
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar empoleirados nelas.
Tudo volta ao princípio.
E ao princípio o lixo do contentor cheira ao estrume das vacas
e o asfalto da rua corre sem sobressaltos por entre as pedras
levando consigo a imagem das flores amarelas do tojo,
enquanto o transeunte,
no deslumbramento do encontro inesperado,
eleva a mão e acena
para o passeio fronteiro onde não vai ninguém.
António Gedeão, Novos Poemas Póstumos, 1990(in Poesia Completa, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 2a. Ed., 1997, p. 188).

Senhoras e Senhores apresento-lhes a minha cria mais pequena.


Agora digam lá que não é a " coisa mai linda".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ode ao Outuno.





Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aproveitar enquanto é tempo.


É o que vou fazer este fim de semana, é fácil, barato e, dá saúde.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Olha o gelado fresquinho !!!!


Pudim fingido de melancia
Ingredientes
400 ml de sumo de melancia 2 colheres de sopa de amido de milho 5 colheres de sopa de açúcar 2 unidades de cravo-da-índia 100 ml de água 6 gotas de essência de jasmim
Preparação
Numa panela mistura-se todos os ingredientes. Mexe-se em lume brando até obter uma consistência de pudim. Deixa-se arrefecer, mexendo de vez em quando com uma colher. Verte-se o preparo em taças e vai ao frigorífico. Desenforma-se 12 horas depois, no momento de servir.

sábado, 11 de setembro de 2010

Faz hoje 9 anos que o medo começou.




Hoje faz 9 anos que o mundo começou a conheçer novamente e, depois da 2º Guerra Mundial que o fanatismo agora religioso, mata indescriminadamente, inocentes em nome de um deus.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

Já começa a cheirar a Outuno.




Principalmente porque as temperaturas felizmente e finalmente estão a baixar e, as crianças segunda-feira vão começando o novo ano escolar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quem se lixa é sempre o mexilhão !!

Começa hoje às 9.30 h a leitura do acordão pela juíza Ana Peres do escândalo nacional a que se deu o nome de "caso Casa Pia" toda a gente, uns mais outros menos, sabemos os contornos deste macabro "Ballet Rose" dos tempos modernos. Independentemente de quem venha a ser condenado ou não, há decerto um culpado : o Estado Português e as suas instituições que não souberam ou quizeram (inclino-me mais para a última hipótse) gauardar a integridade e os direitos humanos de crianças que estavam à sua guarda e, em segundo plano mais uma vez a justiça portuguesa pela demora em investigar e condenar os culpados, foram 8 anos de empurra para cá, empurra para lá, onde a vida de alguns esteve suspensa por esta letargia, agora preparamo-nos para mais 8 anos pelo menos, de recursos e demoras até à prescrição legal deste processo, mais uma vez se aplica o provérbio popular que diz: "quem se lixa é o mexilhão".

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quem tem a coragem de parar esta tragédia ?


Incendiários paranoicos ? Máfias criminosas ? Descuidos vários ? Seja o que fôr, é preciso parar de destruir a nossa floresta.