Escola vê ameaça como brincadeira
Silêncio e irritação. Os habitantes do bairro do Cerco, no Porto, ficaram bastante incomodados com a mediatização do episódio em que alunos do 11º ano do Agrupamento Vertical da Cerco ameaçaram uma professora de Psicologia com uma pistola de plástico. Numa zona socialmente problemática, a reacção acabou por não ser a melhor à presença de jornalistas. "A professora achou uma brincadeira e não fez queixa. Para que é que vêm vocês falar nisso agora?", questionou um dos habitantes do bairro.
O CM apurou que, entre os pais dos alunos da turma envolvida no episódio, que frequentam o curso de Desporto do Ensino Tecnológico, muitos temem que os filhos sejam penalizados. Tudo devido à divulgação, na internet, de um incidente que nem foi participado pela escola à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN).
'Lamento seriamente que a Comunicação Social saiba do sucedido antes do Ministério', disse Margarida Moreira, directora da DREN, admitindo que o grupo de alunos tem um percurso marcado pelo insucesso escolar. A escola só agora abriu um inquérito e os alunos são ouvidos hoje. A situação data de 18 de Dezembro, mas apenas ontem veio a público: o vídeo mostra jovens, com idades a rondar os 18 anos, a empunhar um revólver de brincar enquanto fazem pedidos de melhoria de nota antes das férias. 'Então, dá-nos positiva ou não?', questiona um dos alunos. A professora começa por se rir da situação, mas depois ameaça toda a turma com faltas disciplinares.
É assim com estas "bricadeiras" que começam os massacres nas escolas, e é com laxismo com que os organismos do Estado tratam estes indícios de violência, depois lamentamos as consequências. É o nacional porreirismo tão caracteristico dos organismos oficiais e do português em geral.
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