Congresso no PSD facilitaria caminho a Passos
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA
Luís Filipe Menezes não tem aliados de peso, nem mesmo entre líderes distritais, para partir para um congresso extraordinário do PSD, mas, caso as circunstâncias se alterem e o conclave se venha a realizar, Passos Coelho beneficiará.
É o que acreditam diversos militantes do PSD afectos à candidatura do antigo presidente da JSD à liderança do partido em Maio passado. O adversário de Manuela Ferreira Leite (derrotado nas directas, tal como Pedro Santana Lopes) tem vindo a travar as pressões para uma "tomada do poder".
"Não defendemos um congresso nos próximos meses. O partido não precisa. Mas se não houver alternativa, reconhecemos que a candidatura de Pedro Passos Coelho terá condições de avançar", disse ao JN, sob anonimato, um apoiante. Outros recusam, igualmente, a hipótese de um congresso que a realizar-se teria que acontecer neste primeiro trimestre do ano. Porém, não escondem que os apoios a Passos Coelho estão a crescer.
Passos Coelho, tal como afirmou no último Conselho Nacional do partido, está disposto a assumir as suas responsabilidades e considera a clarificação interna urgente. Defendeu o voto contra do PSD no Estatuto dos Açores e criticou o alinhamento do PSD com o Governo no reconhecimento do Kosovo. Mas tem-se mantido um defensor da "estabilidade" no PSD, oferecendo colaboração a Manuela Ferreira Leite.
Entretanto, Pedro Santana Lopes, candidato do PSD à Câmara de Lisboa, já escolheu o seu mandatário - o constitucionalista e professor universitário Jorge Bacelar Gouveia.
O professor associado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e ex-membro do Conselho de Fiscalização do SIS, foi umdos constitucionalistas que se manifestaram favoráveis à versão aprovada pelo Parlamento do Estatuto dos Açores.
JN
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