sábado, 24 de janeiro de 2009

Acho isto Demasiado "Oportuno"



José Sócrates garante que reunião se realizou a pedido da Câmara Municipal de Alcochete

O primeiro-ministro José Sócrates referiu, este sábado, no Porto que a reunião que manteve com responsáveis da Freeport aconteceu a pedido da autarquia de Alcochete e garantiu que esse foi o único encontro em que participou.
«Essa reunião aconteceu e foi a única que participei por insistência e por pedido da Câmara Municipal de Alcochete», referiu José Sócrates, numa declaração na Alfândega do Porto.
«O objecto da reunião foi apenas a apresentação das exigências ambientais que tinham levado ao chumbo do projecto», acrescentou o primeiro-ministro.
Sexta-feira à noite, o primeiro-ministro divulgou um comunicado a título pessoal, garantindo que «a aprovação do empreendimento Freeport cumpriu todas as regras legais aplicadas à época», e rejeitou todas «as insinuações e afirmações caluniosas» que eventualmente envolvam o seu nome.
No comunicado, José Sócrates sublinhou ainda que houve de facto uma reunião alargada no Ministério do Ambiente que contou com a presença de várias pessoas, entre as quais ele próprio, o secretário de Estado do Ambiente e responsáveis de diversos Ministérios, a Câmara Municipal de Alcochete e os promotores do empreeendimento Freeport.
José Sócrates frisou depois nunca ter participado «em nenhum encontro ou reunião, para além desta, com promotores do projecto Freeport ou seus representantes».
O primeiro-ministro reagiu assim à notícia do semanário Sol, segundo o qual será ele o ministro de António Guterres «implicado no pagamento de luvas em troca do licenciamento do Freeport».
O jornal transcreve um DVD que fará parte de uma investigação fiscal desencadeada em Inglaterra sobre o Freeport, no qual um administrador da empresa (que gravou a conversa) pede contas sobre avultadas somas transferidas em pequenas tranches para Portugal (cerca de um milhão de euros).
Ainda na edição deste sábado do Sol, Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, reconhece em entrevista ter feito a ponte entre o sobrinho, na altura ministro do Ambiente, e Charles Smith, sócio da consultora contratada para conseguir o licenciamento do Freeport.
Acho isto todo muito "enlameado"e acontece precisamente empre em alturas de eleições, parece-me que é óbvio que existe fuga de informações, o segredo de justiça foi mais uma vez violado vindas de instituições judiciais e, acho que sei daonde ela vêm, mas fico-me por aqui.

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