quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Educação


PS garante maioria contra suspensão da avaliação dos professores

Um dos socialistas que em Dezembro votaram ao lado do CDS agora vota de acordo com a bancada do PS. É o suficiente para inviabilizar o diploma.
João Bernardo, um dos seis deputados do PS que a 5 de Dezembro votaram ao lado da oposição a favor de uma iniciativa do CDS para suspender o processo de avaliação dos professores, mudou o seu sentido de voto e, na sexta-feira, votará contra uma iniciativa semelhante dos centristas. Um voto que é o suficiente para inviabilizar o diploma.
Recorde-se que, em Dezembro, um projecto de resolução do CDS para suspender a avaliação recebeu o voto favorável de seis deputados do PS e a abstenção de um outro - o texto teria sido aprovado, se não tivessem faltado à votação 35 deputados da oposição (dos quais 28 do PSD).
O CDS transformou essa resolução num projecto de lei, que vai a votos sexta-feira, mas o Expresso confirmou que só cinco socialistas estarão agora contra a orientação de voto do PS: Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré. Cinco votos que não chegam, pois o PS tem uma vantagem de seis deputados sobre a oposição.
João Bernardo explicou ao Expresso que, embora em Dezembro estivesse "totalmente de acordo" com a iniciativa do CDS, mudou o seu sentido de voto devido à evolução verificada entretanto na posição do Ministério da Educação. Por um lado, o regime simplificado proposto pelo ME "contempla quatro quintos do projecto do CDS", diz o deputado socialista. Por outro, a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues aceitou negociar a revisão do Estatuto da Carreira Docente, lembra João Bernardo. Duas posições que, segundo o parlamentar socialista, são "uma janela de oportunidade para os sindicatos". Até agora quem cedeu em todo este processo foi o Ministério da Educação e os sindicatos estão numa postura puramente reivindicativa, até com arrogância", conclui.
Também Odete João, a socialista que em Dezembro se absteve, fazendo a balança pender para o lado da oposição, deverá agora votar de acordo com a orientação oficial do seu partido, segundo o Expresso apurou.
Assim, a iniciativa do CDS só será aprovada caso se verifiquem faltas inesperadas na bancada socialista. Mas a direcção do grupo tudo tem feito para garantir que todos estão presentes. Não está autorizada qualquer ausência e mesmo os deputados que estariam em missão parlamentar foram mandados regressar a Lisboa a tempo da votação.
É preciso que os sindicatos principalmente aqueles que manipulam os professores precebam que todo o trabalhador em Portugal é avaliado, pelo patrão, chefe, gostem ou não.
Fica claro que o CDS mais uma vez "cavalga a onda " do descontamento, é estratégia de Portas a já nos habituou no passado e deu na derrota de 2005 , agora não vai ser diferente.

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