terça-feira, 17 de março de 2009

Será que com esta desculpa, este monstro não vai ser condenado a prisão perpétua.

Áustria: ‘Monstro de Amstetten’ começou a ser julgado
“A minha infância foi muito difícil”


O ‘monstro de Amstetten’, que durante 24 anos manteve a filha fechada numa cave, violando-a mais de três mil vezes e fazendo-lhe sete filhos, tentou ontem, no primeiro dia daquele que é já considerado o ‘julgamento do século’ na Áustria, desculpar as suas acções afirmando que ele próprio foi vítima de abusos durante a infância. A delegada do Ministério Público não se comoveu e acusou-o de usar a própria filha "como um brinquedo". "Ele chegava, apagava as luzes, violava-a e ia-se embora. Durante os primeiros anos de cativeiro nem sequer falou com ela", acusou.
Josef Fritzl, de 73 anos, apareceu em tribunal de cara tapada por um dossiê, e assim ficou durante dez minutos, o tempo que as câmaras de TV foram autorizadas a permanecer na sala de audiências do Tribunal de St. Pölten. Depois passou o tempo todo de olhar fixo no colectivo de juízes, respondendo às perguntas que lhe foram feitas em voz baixa, sem manifestar qualquer emoção. A única vez que o fez foi quando a delegada do Ministério Público lhe perguntou como é que foi capaz de fazer o que fez a 'alguém da sua própria carne e osso' – aí, encolheu-se como se tivesse levado uma bofetada, mas remeteu-se ao silêncio.
Antes, tinha dito aos juízes e jurados que ele próprio fora maltratado durante a infância. 'A minha mãe não me queria. Tinha 42 anos quando eu nasci e nunca gostou de mim. Espancou-me até aos 12 anos', contou, como que a justificar os seus actos.
Sobre os vários crimes de que é acusado, admitiu a privação de liberdade, incesto e violação, mas negou a escravatura e o homicídio – de um dos sete filhos que concebeu com Elizabeth durante os 24 anos de cativeiro a que a sujeitou. Já o seu advogado pediu aos jurados para ignorarem as emoções e garantiu que Fritzl não é o monstro ‘pintado’ pela Imprensa. 'Se ele só quisesse sexo, não tinha tido filhos. Se fosse um monstro, tê-los-ia morto a todos', afirmou.

CM

Deixo a pergunta: Quantos monstros iguais a este não há em Portugal ?O nosso código penal deixa muito a desejar, o dito, não pune exemplamente, e para não variar em Portugal é excessivamente burocrático, veja-se só para variar o caso de Espanha.


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