Lisboa
Costa pede desculpa por obras inacabadas de Santana Lopes
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), pediu hoje desculpa pelo atraso na conclusão de empreitadas lançadas durante a presidência de Pedro Santana Lopes, considerando que são uma «lição do que não pode acontecer no futuro»
António Costa entregou hoje as chaves às oito famílias residentes nos números 28 a 36 da Rua do Recolhimento, no Castelo, após a realização de obras coercivas pela autarquia.
Estas obras inserem-se nas mega-empreitadas de reabilitação urbana lançadas em 2003 e 2004, em bairros históricos como o Castelo e Alfama, muitas das quais paradas há vários anos por falta de verbas.
«Começo por pedir desculpa pela demora que tiveram que passar e pela forma como o processo decorreu. Não era eu o presidente da Câmara, mas acho que o presidente da Câmara deve ser e é responsável pelo que aconteceu ao longo dos anos» , disse António Costa, dirigindo-se aos moradores que receberam hoje as chaves para regressarem às suas casas.
Sem nunca mencionar o nome do antigo presidente da Câmara e actual candidato do PSD à autarquia Pedro Santana Lopes, Costa afirmou que «o que aconteceu deve ser uma lição do que não pode acontecer no futuro».
Segundo o autarca, as empreitadas foram lançadas «sem projecto», e sem que a autarquia tivesse os «meios para o fazer».
O resultado, sublinhou António Costa, foram empreiteiros que faliram, obras paradas e centenas de pessoas realojadas, realojamentos que custam à autarquia um milhão de euros anualmente.
Em ano e meio, a Câmara resolveu 72 dessas situações, permanecendo ainda por concluir as obras em fogos onde residiam cerca de 180 agregados familiares.
«As obras não podem ser só slogans, em cartazes muito bonitos, têm que ter um princípio, um meio e um fim» , declarou.
Para finalizar as empreitadas lançadas em 2003 e 2004, o presidente da Câmara considera que «é muito importante que a Assembleia Municipal possa aprovar o programa» de reabilitação urbana que passa pela contratação de um empréstimo de 120 milhões de euros.
O empréstimo foi aprovado em Câmara, mas os vereadores do PSD votaram contra, o que indicia um possível chumbo na Assembleia Municipal, onde os sociais-democratas têm maioria.
«Tenho muita confiança e muita esperança que, tal como aconteceu na Câmara, a Assembleia Municipal venha a viabilizar este programa» , disse.
Para António Costa, o empréstimo é não só necessário para concretizar o programa de reabilitação urbana, como constitui uma oportunidade de «reanimar a economia», ao impulsionar as pequenas e médias empresas de construção civil e criar emprego.
Lusa / SOL
E ainda vai-se candidatar novamente, francamente é preciso descaramento.
Sem comentários:
Enviar um comentário