domingo, 5 de julho de 2009

Parabéns à FORÇA AÉREA PORTUGUESA, SÃO 100 ANOS A VOAR.









A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal.
Cronologia Histórica
1909 – É fundado o
Aero Club de Portugal, por um grupo de oficiais do Exército, com o objectivo de promover o desenvolvimento da Aeronáutica em Portugal, bem como o seu uso militar;
1911 – É criada a Companhia de Aerosteiros do Exército Português, em
Vila Nova da Rainha (Azambuja) que se torna a primeira unidade aeronáutica militar portuguesa. A unidade, mais tarde transformada em Batalhão de Aerosteiros, tinha por missão principal a operação de aeróstatos, sobretudo balões de observação;
1912 – A título experimental, são integrados na Companhia de Aerosteiros os primeiros aviões, o primeiro dos quais um
Deperdussin B, nascendo assim a aviação militar portuguesa;
1914 – No Exército Português é criado o Serviço Aeronáutico Militar e a
Escola Militar de Aeronáutica (EMA), instalada em Vila Nova da Rainha, junto ao Batalhão de Aerosteiros;
1917 – Na Marinha Portuguesa é criado o
Serviço e Escola de Aviação da Armada, bem como a primeira base aeronaval, o Centro de Aviação Marítima do Bom Sucesso, em Lisboa;
1917 – No âmbito da participação portuguesa na
1ª Guerra Mundial é prevista a criação dos Serviços de Aviação do Corpo Expedicionário Português que não chegam a ser activados. A maioria dos militares enviados para França para formarem o serviço integram-se em unidades de aviação francesas e britânicas, onde se tornam os primeiros aviadores portugueses a entrar em combate;
1917 – É enviada para
Moçambique uma Esquadrilha Expedicionária para participar nas operações contra os alemães. A esquadrilha torna-se uma das primeiras unidades de aviação militar de África;
1918 – A aviação do Exército é reorganizada, passando a denominar-se Serviço de Aeronáutica Militar e integrando a Direcção de Aeronáutica directamente dependente do
Ministro da Guerra, as Escolas Militares de Aviação e de Aerostação, as Tropas Aeronáuticas (de Aviação e de Aerostação) e o Parque de Material de Aeronáutica;
1918 – O Serviço de Aviação da Armada é reorganizado e passa a designar-se
Serviços da Aeronáutica Naval;
1919 – É criado o Grupo de Esquadrilhas de Aviação "República" (GEAR) na
Amadora. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação;
1924 – A aeronáutica do Exército passa a arma independente (em igualdade com a Cavalaria, Infantaria, Artilharia e Engenharia) com a designação de Arma de Aeronáutica Militar;
1931 – Os Serviços da Aeronáutica Naval são transformados nas
Forças Aéreas da Armada;
1937 – A Aeronáutica Militar é reorganizada, passando a dispor de um comando autónomo, designado Comando-Geral da Arma da Aeronáutica, o que a torna praticamente num ramo independente, apesar de se manter administrativamente dependente do Exército. Anexo ao Comando-Geral é criado o Comando Terrestre de Defesa Aérea. Na nova organização os principais aeródromos militares passam a ser designados
Bases Aéreas;
1941 – Com o fim de defender a neutralidade e a soberania portuguesa nos
Açores, juntamente com outras forças militares, começam a ser enviadas Esquadrilhas Expedicionárias para o Arquipélago;
1950 – É criado o
Subsecretariado de Estado da Aeronáutica com o objectivo de passar a tutelar toda a aviação militar portuguesa;
1952 – Sob tutela do Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é criado o Comando-Geral das Forças Aéreas que passa a exercer o comando unificado sobre as aviações do Exército e da Marinha. A nova organização das forças aéreas passa a compreender Forças Independentes e Forças de Cooperação. As Forças de Cooperação abrangem as
Forças Aeronavais (formadas com as unidades da antiga Aviação Naval) e as Forças Aeroterrestres. Considera-se este o marco da criação da Força Aérea Portuguesa como ramo independente;
1955 – No seio da FAP, é activado oficialmente o Batalhão de Caçadores-Pára-quedistas, a primeira unidade de
tropas pára-quedistas das Forças Armadas Portuguesas;
1956 – O território nacional metropolitano e ultramarino é dividido em três grandes regiões aéreas, que passam a exercer o comando operacional das unidades aéreas estacionadas na sua área: 1ª Região Aérea, com comando em
Lisboa, abrangendo Portugal Continental, Açores, Madeira, Guiné Portuguesa e Cabo Verde; 2ª Região Aérea, com comando em Luanda, abrangendo Angola e S. Tomé e Príncipe; 3ª Região Aérea, com comando em Lourenço Marques, abrangendo Moçambique, Índia Portuguesa, Macau e Timor. Mais tarde, dentro da 1ª Região Aérea, são criados dois comandos semi-autónomos: Zona Aérea dos Açores e Zona Aérea da Guiné e Cabo Verde;
1958 – As Forças Aeronavais e Aeroterrestres são completamente integradas na Força Aérea Portuguesa, deixando de ter qualquer ligação administrativa, respectivamente, à Marinha e ao Exército;
1960 – São criadas as primeiras
bases aéreas em Angola (Luanda e Negage);
1961 – Ataques terroristas em Luanda e no norte de Angola dão início à
Guerra do Ultramar em que a Força Aérea vai ter um papel muito activo, em operações de combate, reconhecimento, evacuação de feridos e apoio logístico às tropas e população civil;
1961 – O Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é substituído pela
Secretaria de Estado da Aeronáutica, cujo titular passa a ter assento no Conselho de Ministros, se bem que ainda mantenha um estatuto governamental inferior aos Ministros do Exército e da Marinha;
1961 – O general da Força Aérea
Venâncio Deslandes é nomeado Governador-Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola. A função de Comandante-Chefe implicava o comando conjunto dos três ramos das forças armadas no respectivo Teatro de Operações, sendo o primeiro caso na Guerra do Ultramar em que essa função foi exercida por um oficial não pertencente ao Exército;
1962 – Criação oficial das
Formações Aéreas Voluntárias, organizações de milícia aérea civil auxiliar da Força Aérea na Guerra do Ultramar;
1967 - Em 12 de Outubro de 1967, o general da Força Aérea João Anacoreta de Almeida Viana assume interinamente as funções de Comandante-Chefe das Forças Armadas em Angola, cargo que virá a exercer plenamente entre Julho de 1968 e Maio de 1970.
1968 - O general da Força Aérea Venâncio Deslandes assume o cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, mantendo-se em funções até 1972.
1974 – Dá-se o golpe militar de
25 de Abril que derruba o governo de Marcelo Caetano e pôe fim à Guerra do Ultramar. Na sequência da revolução são extintos os Ministérios do Exército e da Marinha, bem como a Secretaria de Estado da Aeronáutica. As Forças Armadas deixam de ficar subordinadas ao poder civil, passando à tutela do Conselho da Revolução. Os Chefes de Estado Maior dos três ramos das Forças Armadas passam a exercer o comando do ramo, com o estatuto de ministro. O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas passa a ter o estatuto equivalente ao de Primeiro-Ministro, ficando na dependência directa do Presidente da República;
1975 - A FAP envia para
Timor-Leste um destacamento de helicópteros, que ali opera em apoio das forças portuguesas (entre as quais um destacamento de pára-quedistas) até à invasão indonésia;
1975 - Com a independência dos territórios africanos portugueses, a FAP retira de África, sendo extintas a 2ª e a 3ª Regiões Aéreas. Mantem-se apenas o Comando da 1ª Região Aérea que é, pouco depois, transformado no Comando Operacional da Força Aérea;
1977 – A Força Aérea é reorganizada, sendo criados o
Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e a Academia da Força Aérea;
1982 – Na sequência da reforma constitucional onde é extinto o Conselho da Revolução, as Forças Armadas voltam a ficar subordinadas ao poder civil. A Força Aérea Portuguesa, tal como os outros ramos, é integrada no
Ministério da Defesa Nacional.
[editar] Unidades Iniciais da FAP
Em
1952, quando a Força Aérea se tornou independente passou a ter a seu cargo todas as infra-estruturas aeronáuticas que eram pertença do Exército e da Marinha. As suas primeiras unidades foram:
Pertencentes à antiga Aeronáutica Militar:
Grupo Independente de Aviação de Caça, em
Espinho, com duas esquadrilhas de aviões Hurricane. As suas infraestruturas foram transformadas no Aeródromo-Base Nº1 da FAP, sendo desactivadas em 1955;
Base Aérea Nº1 em Sintra, vocacionada para a instrução;
Base Aérea Nº2, na Ota, com uma Esquadrilha de transportes Junkers JU 52/3m e um Grupo de três esquadrilhas de caça, uma F-47 Thunderbolt e as outras duas com Spitfire;
Base Aérea Nº3, em Tancos com a Esquadrilha de Reconhecimento e Cooperação equipada com aviões Lysander e um Grupo de esquadrilhas de caças Hurricane;
Base Aérea Nº4, nas Lajes com missões de transporte, reconhecimento e busca e salvamento, equipada com os aviões B-17 e C-54 e com o primeiro helicóptero a operar em Portugal, o Sikorsky UH-19;
Campo-Base de Lisboa, com aviões de transporte de vários tipos. Na FAP a partir de 1955 passou a chamar-se Aeródromo-Base Nº1, sendo em 1978 transformado em Aeródromo de Trânsito Nº1.
Pertencentes às antigas Forças Aéreas da Armada:
Centro de Aviação Naval de S. Jacinto, perto de Aveiro, com aviões anti-submarino Curtiss Helldiver. Na FAP a unidade passou por várias designações, a mais longa das quais Base Aérea Nº7.
Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral, descendente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso, em Belém, transferido para o Montijo nos anos 50. A unidade estava inicialmente equipada com aviões Consolidated Fleet, North-American T-6 e Grumman. Na Força Aérea passou a designar-se Base Aérea Nº 6.

1 comentário:

@martasta disse...

Fizeram um belo espectáculo aqui em Sintra ... pena que não fui ver !!!
beijocaaaaaaaaaa