sábado, 18 de julho de 2009

Hoje de manhã redescobri um ex-libris da cidade de Lisboa.



Hoje (aos sábados de manhã bem cedo) e , sempre que os meus afazeres profissionais permitem, vou dar uma volta por lugares que não visito há muito tempo, hoje calhou a no roteiro a Feira da Ladra seguramente já não lá ía, para aí à uns seis ou sete anos, de mochila às costas como sempre (apetrecho essencial nas minhas caminhadas pela cidade) lá fui eu a pé até ao Campo de Santa Clara lugar de há muitos e muitos anos onde esta feira se realiza, por aqui todo se compra e todo se vende, desde a cassete pirata até aos pratas de valor incalculável, ali ninguém pergunta daonde aquilo procedeu porque se sabe perfeitamente a proveniência de muitas delas, até porque era tempo perdido, porque desta vez vi polícia em quantidades industriais (tanto da PSP como Municipal à cívil), coisa que aqui há uns anos nem se cheirava e realmente estava a precisar de segurança, porque de repente decambou para uma enorme feira de droga ao ar livre (foi um dos motivos porque o qual a deixei frequentar) onde a insegurança das pessoas era o prato do dia. Hoje voltei lá e tive uma agradavel surpresa ; ruas mais limpas, o "comércio" mais organizado, até porque foi necessário aos feirantes legalizarem-se e pagar uma taxa à CML como se faz em qualquer feira por esse país fora, e depois há os "outros" aqueles que talvez deram fama e nome aquele sítio, gente muito nova à mistura com drogados (que ali tentam vender para arranjar dinheiro para a dose diária) completamente ilegais a venderem notóriamente artigos roubados e que a polícia e os ficais da CML fazem o favor de fechar os olhos, só que desta vez e muito bem, cada "banca" montada aonde calha é rápidamente despachada para outro sítios da feira bem longe do lugar dos feirantes, o que acho muito bem, primeiro porque são artigos roubados, segundo é injusto uns pagarem para ali estarem e terem condições para exercer a sua profissão e outros não o façam ao arrepio da justiça. Voltei a ver por lá hoje, coisa que na altura da bagunça que ali reinou há uns anos, não se via turistas, velhos e, novos, isto quer dizer que a nossa Feira da Ladra entrou para os circuitos turistícos da cidade e muito bem, para o turista se apreceber da variedade de "culturas" e comércio existente nesta cidade, aliás à semelhança como já existe noutros países da Europa, e depois vi, com espanto que aquele espaço continua a ser uma fonte de rendimento, para pessoas muito novas e bem parecidas como era no meu tempo, só que na minha altura vendiamos discos, para ir para a "boite" para não pedir ao pai ou à mãe, hoje dou com bom que seja para o mesmo efeito, mas devo dizer em abono da verdade que mantenho sérias reservas, pelo menos nalguns casos, a motivação que os leva "essa malta lavadinha e , "queques" na línguagem corrente vamos lá, a fazerem este tipo de "comércio", deixei-me acreditar pelo menos, que será para essa malta ir aos festivais de verão, pronto está bem ! Sou ingénuo se calhar, o que é que voçês querem vos faça?

2 comentários:

R disse...

Olá Ergela,tudo bem por aqui? Faz tempo que não te visitava. Agora só mesmo aos f. de semana é que tenho alguma disponibilidade. Quanto à feira da ladra, há uns anos que não vou lá. A última vez, fui com o meu filho para ele comprar uma coisa que fazia parte lá dos pertences da tropa e que tinha de entregar.Dizes que está melhor? Qualquer dia vou até lá, para ver. Beijinhos e bom fds.

ergela disse...

Obrigado Mariinha por ter passado por cá, de facto já estranhei não a mais ler por aqui.

Beijo.