segunda-feira, 7 de junho de 2010

Que sejam muito felizes.


Eram 9h45 quando a conservadora que presidiu à cerimónia declarou, "em nome da lei e da República Portuguesa, que Helena e Teresa estão unidas pelo casamento". Para trás ficavam quatro anos de uma guerra legal pelo direito a serem "consideradas família". O culminar da cerimónia, que durou menos de meia hora, foi pontuado pelos aplausos das cerca de três dezenas de pessoas presentes na 7ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, entre as quais as duas filhas, de anteriores relações, e activistas de associações de defesa dos direitos dos homossexuais.
À RTP, Teresa Pires, de 33 anos, resumiu o estado de espírito do casal, quatro anos depois de ter visto vedado um processo de casamento aberto na mesma Conservatória: "Eu não sei como é que a sociedade vai responder, nem o que é que a sociedade vai mudar. A mim interessa-me, basicamente, aquilo que eu neste momento sinto e aquilo que vai mudar em nós. Somos consideradas família, neste momento, que era aquilo que não éramos. Além de direitos fundamentais, como o direito à herança, como várias coisas que não existiam".
Por sua vez, Helena Paixão, de 40 anos, deixou a garantia de que o casal está disposto a juntar-se "a quem queira lutar pela continuação de outros direitos, porque senão continua a ser discriminação". A "próxima luta", atalhou Teresa Pires, é "por direitos iguais": "Parentalidade. Não é só adopção. É que não é só a adopção que está em causa. É tudo o que tem a ver com parentalidade. Por exemplo, eu acabei de casar e a minha mais velha, que é dela, não é considerada minha filha", assinalou.
RTP
Fico feliz, porque o meu país se deu mais um passo nos direitos humanos. A igualdade de oportunidades até para amar, não interessa o género.
Espero que nesta onda, não se misture as coisas, uma coisa é as pessoas puderem casar, para ter os mesmos direitos perante a lei, dos outros casais hetero, outra coisa é misturar no meio seres humanos inocentes, que têm que ter para o seu crescimento harmonioso uma referência parental, ou seja um pai e uma mãe.

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